domingo, 14 de dezembro de 2008

11 de dezembro_ 9 e 10 anos

Em cena como plantas


A última aula havia sido muito agitada. Pensamos em estratégias para manter os alunos concentrados nas atividades e assim aproveitarem mais das propostas apresentadas.

Iniciamos a roda com uma conversa. Logo pedimos que deitassem cada um no lugar onde estavam, sentindo o corpo inteirinho encostar no chão ( ai que frio!). Janete começou a circular entre as crianças e a descrever um ambiente- plantas, vento, água e grama. Depois dos alunos se imaginarem nesse ambiente, comecei a despertá-los aos pouquinhos, seríamos como plantinhas nascendo: nossas pontas dos dedos dos pés, depois das mãos, pescoço e como um sementinha desabrocharíamos para a aula. Foi muito bom a receptividade para um exercício de tamanha fantasia, todos participaram e se concentraram. Lindo!

Continuamos com a "língua das plantas", ainda em círculo propomos experimentar falar palavras bem estranhas, palavras que utilizariam o máximo de articulações que poderiamos fazer.
"KLACKET, FLECKT, KLICKT..."
Pensamos em como poderíamos ser compreendidos por plantas que não conseguissem ouvir nossa voz. Talvez elas nos entenderiam através do modo como articulássemos as palavras...

Para o desenvolvimento das cenas futuras apresentamos brincadeiras-estímulos como "siga o mestre" em que cada "crianças maquinista" da fila guiasse o grupo com um movimeno qualquer. Depois fizemos o "Minha Tia foi para a Europa e me trouxe...", os objetos trazidos da Europa eram decorados na sequência dos participante e os mais esquecidinhos contam com a produção de mímicas referêntes as palavras de cada participante. Depois os dividimos em dois grupos para fazer a mímica de um desenho de TV por eles escolhido. Cada grupo assistia e depois tentava acertar o nome do desenho construído.
Intervalo

Voltamos para fazer uma cena/história. O desafio era o seguinte: a partir de palavras sorteadas com a gente, cada grupo contruiria uma cena utilizando das mesmas. Eram palavras que se relacionavam com os exercícios anteriores e outras não, exemplo: planta, caramelo, robo, índio, vermelho, gelo...

Os grupos conseguiram se organizar e fizeram suas histórias fantásticas. Nos apresentamos em sala- uma maneira que também contribui com nosso aprendizado como espectadores de uma cena. Depois de vistas as cenas, conversamos sobre questões que poderiam melhorar a meneira do público entender sobre o que estávamos contando. Surgiram opniões sobre o volume de voz, postura do corpo, início, meio e fim e etc.

No momento seguinte tivemos a oportunidade de mostrar o que havíamos criado para a turma de alunos menores da sala ao lado. Os alunos ficaram muito excitados em poder mostrar o trabalho. Conversamos sobre a postura que cada um deveria tomar, principalmente por estaríamos visitando outra turma em aula. A apresentação ocorreu e foi muito tranquilo. Voltamos para a sala e em roda conversamos novamente sobre os sentimentos de estar em público, se expor e sempre melhorar a meneira como podemos fazer as coisas.


sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

04.12.2008 ___________9 e 10 anos:

Sala cheia. Todos estão ansiosos para começar, se conhecer, enfim, alguma coisa acontecer. Fizemos exercícios de reconhecimento para quebrarmos o gelo, nos soltarmos e começarmos a nos conhecer:

GESTO + NOME + RITMO = "MEU NOME É ...."


Propusemos outros exercícios de entendimento do espaço e de corpo. Era uma oportunidade de começarmos a entender as singularidades daquela turma, assim como sutilezas presentes em cada indivíduo.


ANDAR – PERCEBER O ESPAÇO – CÂMERA LENTA, PONTA DOS PÉS, BORDA, RÁPIDO, COBRA, AVIÃO, CACHORRO, ETC.


ANDAR – CUMPRIMENTAR VÁRIOS JEITOS – MAIS LONGE – MAIS PERTO


JOGO DAS MUDANÇAS – O COLEGA A MINHA FRENTE FAZ 3 MUDANÇAS NO VISUAL


ESTÁTUA


Passamos então a etapa de criação. Ao longo desse percurso precisaremos criar estímulos para que a fantasia e a criatividade se tornem aliadas dos alunos. Serão ferramentas fundamentais para o desenvolvimento artístico dessas crianças. Nosso espaço de sala de aula possibilita a invenção, o impossível, a imaginação- fundamentais para a construção do pensamento artístico.


JOGO STOP – LUGARES

ONDE – SOMOS OS 3 MOSQUETEIROS DA EUROPA....

CRIAÇÃO DE HISTÓRIA COLETIVA


Tivemos muita dificuldade com a falta de isolamento sonoro da sala- estamos localizados encima da quadra de esportes. É praticamente impossível de se ouvir lá dentro. Gostaríamos de trabalhar em condições mais possíveis. Além de lidarmos com situações complexas humanas dentro do contexto de aula, problemas estruturais só contribuem com o desgaste dos profissionais presentes.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Dia 17/11, segunda-feira, foi o primeiro dia de trabalho dos arte-educadores. Começamos o dia conhecendo os funcionários e espaços do CEU SAPOPEMBA; fomos recebidos pela gestora e acompanhados pelos coordenadores de educação e pela coordenadora de núcleo, Márcia.

Para dar início efetivamente ao nosso trabalho, recebemos do NAC – Núcleo de Ação Cultural, cerca de 480 fichas de interessados cadastrados pela equipe do CEU. Esse foi nosso ponto de partida para entrarmos em contato com os familiares das crianças e adolescentes, a fim de convidá-los à formalização da matricula do PIA - Programa de Iniciação Artística. A cada contato percebemos que as famílias demonstravam bastante interesse nessa proposta.

Além do contato, realizamos o planejamento para estruturar as reuniões com os responsáveis da seguinte maneira: Dia 20 (Dia da Consciência Negra, feriado na cidade de São Paulo) e como havia muitas pessoas interessadas, resolvemos fazer quatro reuniões durante todo o dia (às 9, 10h30, 13 e 14h30 hs).

Programação do Encontro com Pais:
1-uma brincadeira de roda para que todos pudessem se conhecer;
2-apresentação de uma cena organizada pelos arte-educadores;
3-conversa sobre as impressões desses dois momentos e a relação que pode haver com um Programa de Iniciação Artística;
4-apresentação do projeto e discussão sobre a importância da arte;
5-inscrições para o PIA.

Para os arte-educadores esse dia foi bastante importante, pois além de propor à comunidade um contato com linguagens artísticas, ainda serviu para a realização das matrículas (cerca de 200 crianças foram inscritas). Para a Márcia - coordenadora do NAC, esse dia serviu para descontrair, aproximar e fazer com que a comunidade entendesse a proposta; para os pais, observamos encantamento, aproveitando para inscrever outros filhos e anunciar que convidariam outras crianças, ao ponto de perguntarem se a proposta estende-se ao adultos também, pois caso sim, aproveitariam para se inscreverem...

Agora é necessário organizar as turmas, respeitando as idades e horários disponíveis das crianças, fazer levantamento estatístico, sobre as porcentagens de inscritos de alunos da escola municipal (EMEF) e outros (escolas estaduais – E.E e particulares). Resolvemos que a implantação nos meses de novembro e dezembro será um piloto, para conhecermos a dinâmica, horários, deslocamento, facilidades e dificuldades iniciais, para melhorar no próximo ano.